O truque da Geração Z pra fingir que trabalha: o que é task masking?
Lá vamos nós
Você já viu alguém no escritório andando pra lá e pra cá com o notebook debaixo do braço, participando de reunião atrás de reunião… mas você nunca sabe o que ela está fazendo? Pois é, pode ser que você tenha presenciado o famoso task masking — o novo jeitinho da galera fingir que trabalha. E nesse vídeo, eu vou te mostrar o que tá por trás desse fenômeno, e antes de julgar as pessoas, a pergunta é: por que tantas pessoas estão se sentindo assim nos seus trabalhos?
Task masking é o ato de parecer ocupado sem estar necessariamente produzindo algo relevante. É o teatro corporativo — digitar alto, estar em reuniões eternas, andar com o notebook na mão — tudo pra mostrar que está ‘fazendo algo’. Mas por trás disso, tem um cenário muito mais complexo rolando.
E não, isso não é exclusividade da Gen Z… mas essa galera tá deixando isso cada vez mais visível, principalmente nas redes como o TikTok, onde task masking virou até trend. Mas antes que a gente comece a julgar, vamos entender de onde isso tá vindo.
Causas que encontrei:
Volta do trabalho presencial sem diálogo, forçado, sem estrutura.
Ambientes que valorizam presença física e microgerenciamento e não resultado real.
Salários estagnados e baixa valorização humana.
Cultura do “se não te vejo trabalhando, você não está fazendo nada”.
O task masking não acontece porque as pessoas são preguiçosas. Acontece porque estão cansadas de fazer de tudo e não ver retorno. É o corpo e a mente dizendo: ‘chega’. É a resposta silenciosa à falta de propósito, à falta de reconhecimento, à cobrança sem fim.
Muita empresa ainda acha que produtividade é igual a estar 8h por dia de cara pra tela. E aí, ao invés de estimular resultado, acaba estimulando… teatro. Sim, porque quando a pessoa sente que o que ela entrega não é valorizado, ela finge que tá trabalhando só pra não ser cobrada – não estou dizendo que isso é certo, mas pode ser um reflexo. Isso não é só um problema de funcionário, é um baita problema de liderança e cultura.
36% dos trabalhadores admitem que fingem produtividade (Workhuman 2024) .
61% se sentem mais produtivos em casa, mas foram obrigados a voltar pro escritório
As empresas colocaram a galera no escritório à força, mas esqueceram de perguntar: ‘o que você precisa pra trabalhar bem?’ Resultado?
O resultado são pessoas estressadas, sem energia, motivação, fingindo que trabalham. Porque fingem que pagam. Porque fingem que se importam.
E agora, como sair desse ciclo?
Você que está agindo dessa maneira, consegue ver o verdadeiro por quê? Entenda se faz sentido continuar em um lugar que não se adequa com seus valores e princípios, e vá aos poucos procurando um desafio que te motive novamente.
Leve pro gestor ideias de como ser mais produtivo com mais qualidade de vida. Proponha flexibilidade, proponha trabalhar por entregas, não por horas.
Se você tá no automático, sem energia, talvez seja hora de repensar. Não só o trabalho, mas o ritmo da vida.
Se você é da liderança, procure escutar seus liderados. Tente aprovar novas ideias que melhorem a qualidade de vida dessas pessoas, dentro das possibilidades que a empresa proporciona.
O task masking é só a ponta do iceberg. O que tá embaixo é uma cultura que não cuida das pessoas, que cobra sem ouvir, que paga pouco e exige muito. A pergunta não é ‘como fazer as pessoas pararem de fingir que trabalham’, mas sim ‘o que podemos fazer pra que elas não precisem fingir?’
Enfim, apenas uma reflexão que fiz. Gostaria muito de saber sua opinião!